Maristela Temer depôs no inquérito da Operação Skala sobre reforma de sua residência em São Paulo

Marianna Holanda

03 Maio 2018 | Estadão

A filha do presidente Michel Temer, Maristela, prestou depoimento nesta quinta-feira, 3, por 4 horas à Polícia Federal. Ela deixou a PF em Congonhas por volta das 14h.

Segundo o advogado dela, Fernando Castelo Branco, ela “prestou todos os esclarecimentos” para o delegado responsável pelo inquérito, Cleyber Nunes.

O relato de Maristela foi tomado na Delegacia da PF no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Os investigadores suspeitam que obras feitas na casa da filha do presidente foram pagas com recursos ilícitos.

As suspeitas vieram à tona depois que fornecedores que trabalharam na obra da casa da filha do presidente, localizada na zona oeste de São Paulo, admitirem que receberam pagamentos em dinheiro vivo da mulher do coronel da reserva da PM João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, apontado por delatores como suposto intermediário de propinas para o presidente.

O delegado Cleyber Malta, que conduz as investigações, chegou por volta das 10h na delegacia da Polícia Federal de Congonhas. Ele deve conduzir o depoimento da filha do presidente.

Na sexta-feira, 27 de abril, Temer fez um pronunciamento para rebater as suspeitas sobre ele e sua família.

O presidente disse que só um ‘irresponsável e mal intencionado ousaria tentar incriminá-lo’:

“Qualquer contador, qualquer pessoa de bem, qualquer professor de matemática, consegue concluir que ao longo do tempo eu obtive recursos suficientes para comprar os imóveis que comprei e reformar os imóveis que reformei. Só um irresponsável, mal intencionado, ousaria tentar me incriminar, a minha família, meu filho de 9 anos de idade, como lavadores de dinheiro. Dizer que lavei dinheiro em uma casa alugada?”, queixou-se.

COM A PALAVRA, A DEFESA DE MARISTELA

“O advogado Fernando Castelo Branco informa que Maristela Temer prestou depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (3), esclarecendo todas as questões formuladas pela autoridade policial. E, como já vem fazendo, continua disposta a colaborar com as investigações.”