Próximos passos da denúncia contra Lula (3)
Lula pode ser preso? Saiba o que falta para o ex-presidente ir parar na cadeia
Juristas explicam que Lula pode sim ser preso e até condenado de maneira rápida.
Blasting News–14 de set de 2016
Nesta quarta-feira, 14, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), acabou sendo denunciado oficialmente por corrupção por procuradores do Ministério Público Federal (MPF). Agora ele é denunciado na Operação Lava-Jato de forma dura, não como uma mera peça no jogo da propina, mas sim como o chefe que sabia de tudo. Aliados do político ficaram temerosos quanto ao tom utilizado pelos procuradores e já imaginam que #Lula não deve ser preso preventivamente, mas sim “definitivamente”. Isso porque acredita-se que agora tudo deva correr mais rápido.
A possibilidade de prisão é tão grande que virou matéria de capa de vários portais.
O UOL, por exemplo, conversou com especialistas para entender agora o que falta para que o companheiro da ex-presidente Dilma Rousseff vá parar na cadeia. Um dos ouvidos foi o advogado criminalista Frederico Crissiúma de Figueiredo, que é conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no estado de São Paulo. Ele explica que em qualquer estágio do processo Lula ou outra pessoa pode ser presa. Ou seja, a qualquer hora isso poderia acontecer.
O jurista esclarece que agora a Justiça tem várias maneiras de solicitar, por exemplo, que o ex-presidente vá parar na prisão preventivamente. Uma delas é o fato de que Lula solto poderia provocar a desordem pública, já que ele é capaz de criar grandes mobilizações políticas. Outro motivo é a chamada “conveniência da instrução criminal”, que significa que o acusado é preso para não atrapalhar a investigação.
O Ministério Público de São Paulo chegou a usar esse motivo em março, quando pediu a prisão preventiva do ex-presidente, acusando ele de tentar embarreirar o trabalho dos procuradores. Lula então foi nomeado por Dilma ao Ministério da Casa Civil, não podendo então ser preso por um juiz de primeira instância.
A defesa de Lula alega que os procuradores da Lava-Jato estão perseguindo o político e que apesar das acusações, não existe qualquer prova contra ele. O petista voltou a dizer que não cometeu nenhum crime.